Por muito tempo, no Brasil, beber cerveja foi sinônimo de apreciar uma bebida extremamente gelada, já que o clima quente do país favorece isso. No entanto, para degustar sabores e aromas mais complexos, a temperatura da cerveja pode ser um fator decisivo — e, assim, a regra “quanto mais gelado, melhor” pode cair por terra.
Sabor x temperatura da cerveja
Falar em uma temperatura ideal para beber cerveja é impossível, já que isso varia de acordo com o clima do local, o tipo de cerveja, as preferências pessoais e até a ocasião — beber uma Pilsen com os amigos em uma tarde quente é diferente de fazer uma noite de degustação de cervejas artesanais. Mas, se você quer mesmo sentir o sabor da sua bebida, o ideal é não usar temperaturas menores do que 0°C, já que isso diminui a sensibilidade das papilas gustativas. Ou seja, se ela estiver muito gelada, você não sente bem o gosto da cerveja. Alimentos e bebidas extremamente frios deixam dormentes esses receptores da nossa língua, então, sabores mais marcantes — como os de uma Pale Ale — acabam perdidos.
Tipo de cerveja x temperatura
Muito gelada – 2° a 4°C
Cervejas para refrescar, com teor alcoólico de no máximo 5,5% e sabor mais leve. As Pilsens, Helles e Witbiers por exemplo, são melhores apreciadas assim.
Gelada – 4° a 6°C
Boa temperatura para cervejas de trigo alemãs (Weizenbier), Tripel belga e as Lambics, com acidez elevada, complexas mas também refrescantes.
Fria – 7° a 10°C
Com essas temperaturas, sabores mais complexos podem ser sentidos bem. Ideal para: IPA’s; Weizenbocks; Porters; Dubbels; E outros estilos com teor alcoólico um pouco mais elevados.
Temperatura de adega – 10° a 13°C
Cervejas como Belgian Dark Strong Ales, Imperial Stouts, Barley Wines e Bocks mais fortes que são mais alcóolicas, são melhores apreciadas nessa temperatura.
O seu gosto pessoal e a ocasião podem fazer com que você prefira apreciar alguma dessas bebidas um pouco mais gelada do que o indicado e não há mal nisso.
Proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos. Se beber não dirija.
Fonte: Instituto da Cerveja